Em apenas alguns meses, a pandemia do Coronavírus alterou significativamente as vidas diárias de pessoas em todo o mundo. Mesmo quando a quarentena começa a relaxar em alguns países, os locais de trabalho e a vida profissional não serão os mesmos. Um dos próximos desafios será adaptar os espaços de escritórios abertos ao novo normal, que incluirá higiene pessoal rigorosa e uma maior distância física entre as pessoas. Além disso, veremos mudanças profundas em diferentes aspectos dos negócios.
O coronavírus vai mudar a maneira como fazemos negócios
Aqui listamos algumas modificações que veremos em nossos escritórios e locais de trabalho.
Locais de trabalho mais amplos
A vida nos escritórios e espaços de trabalho devem mudar radicalmente. As empresas imobiliárias globais criaram novos projetos para adaptar os espaços a novos pedidos e regulamentos. As mesas de escritório encolheram ao longo dos anos, e provavelmente veremos uma mudança radical nesse sentido, pois a recomendação continua sendo manter o distanciamento social, inclusive no trabalho.
Trabalhando de casa
O trabalho em casa continuará até certo ponto. Globalmente, haverá menos pessoas no escritório, portanto, muitas empresas devem estar preparadas para uma futura força de trabalho remota. Espera-se que muitos trabalhadores continuem trabalhando de suas casas por um bom tempo. Por recomendação das autoridades sanitárias, algumas organizações não terão escolha a não ser limitar o número de trabalhadores na fábrica ou no escritório. Turnos escalonados, operações flexíveis e operações 24 horas por dia, 7 dias por semana, podem se tornar a norma, juntamente com o trabalho remoto.
Automação
Devido a medidas de distanciamento social, muitas organizações foram forçadas a encontrar maneiras de operar com poucos funcionários fisicamente presentes. O Coronavírus causou uma aceleração de algumas tendências trabalhistas, como a automação. Durante anos, as empresas vêm trabalhando para automatizar tarefas repetitivas por meio de algoritmos, robôs e drones, e os pesquisadores descobriram que esse tipo de automação é mais fácil de implementar durante recessões econômicas. Como resultado das circunstâncias atuais, as empresas podem precisar digitalizar-se muito mais rapidamente para acompanhar os requisitos mais recentes.
A automação já estava ganhando terreno muito antes da chegada do COVID-19. No final de 2017, o Instituto Global McKinsey estimou que ela poderia afetar de 400 a 800 milhões de empregos em 2030. A pandemia provavelmente acelerará essa tendência.
Reuniões virtuais substituirão reuniões pessoais
Hoje em dia, temos uma variedade de aplicativos de videoconferência disponíveis gratuitamente em todos os dispositivos. A pandemia tem sido um catalisador de tecnologia, no qual as pessoas que antes não estavam acostumadas a usar este tipo de ferramenta no local de trabalho não tiveram escolha a não ser se adaptar a novas circunstâncias. Todos temos nos esforçado cada vez mais para aprender e nos comprometermos com as novas tecnologias simplesmente porque, agora, precisamos. E as conferências virtuais estão aqui para ficar. Para os membros da equipe que não estão mais trabalhando juntos no escritório, as chamadas telefônicas e as reuniões serão substituídas pelo vídeo. A videoconferência melhora as comunicações, permite que os participantes tomem melhores decisões mais rapidamente do que a comunicação via chat e e-mail e ajuda a aumentar a produtividade.
Esqueça o horário comercial das 9 às 5
Muitos empregadores relaxaram as regras sobre os trabalhadores que iniciam e encerram suas jornadas de trabalho em um determinado horário. Com tantos funcionários trabalhando em casa agora, será mais difícil para os empregadores negar flexibilidade nas horas e ambientes de trabalho. Graças à tecnologia, muitos trabalhadores poderão fazer seu trabalho remotamente e aumentar suas horas conforme entenderem.
Para criar um equilíbrio entre tempo de trabalho e tempo pessoal, funcionários e gerentes devem trabalhar juntos para garantir que ninguém se sinta pressionado a responder a e-mails e mensagens a qualquer hora do dia, por exemplo, além de diversas outras alterações que serão necessárias na cultura das empresas daqui em diante.
Mais tecnologia em todos os níveis
As empresas investirão mais recursos em novas tecnologias para reduzir o contato e a possível transmissão de doenças. Isso também incluirá uma infraestrutura que permite menos contato físico, portas que se abrem e fecham automaticamente, reconhecimento facial e elevadores que podem ser solicitados através do seu smartphone.
A tecnologia também será usada para lembrar os funcionários do distanciamento social. Por exemplo, algumas ferramentas podem ser usadas para rastrear os movimentos dos funcionários por meio de seus telefones celulares, enviando alertas quando as regras de distância sugerida são violadas. Ao investir em tecnologia, as empresas mostrarão a seus funcionários que sua organização está comprometida em tornar seu estilo de vida seguro, eficaz e confortável.
Transparência organizacional
Para que os funcionários se sintam conectados à liderança, mesmo quando trabalham remotamente, a transparência organizacional deve ser uma parte essencial da cultura da sua empresa. Quando a liderança de uma empresa é transparente, ela cria um ambiente de confiança dentro da equipe. Com os desafios atuais de saúde e as muitas incógnitas que cercam a pandemia, os funcionários devem saber que podem contar com seus líderes.
Novos modelos de negócios
Muitas empresas terão que repensar seus modelos de negócios e se concentrar em criar ou fortalecer planos de segurança e planejar estratégias futuras de uma maneira que lhes permita expandir os recursos de trabalho em casa para mais funcionários. As empresas precisarão reequilibrar suas prioridades, tornando medidas de resiliência adicionais tão importantes para o seu pensamento estratégico quanto custo e eficiência.
Liderança eficaz e inspiradora
Os líderes devem ser capazes de envolver as pessoas no trabalho duro e encontrar soluções criativas juntas. Dominar o design e o gerenciamento da equipe será ainda mais crítico, pois os membros da equipe trabalharão em grupos flexíveis de diferentes locais, para enfrentar uma variedade de desafios. Dependendo da duração do estado atual, podemos ver uma mudança das estruturas organizacionais estáticas para formatos dinâmicos de equipe. Isso só funcionará bem se os líderes forem muito claros sobre a situação e se todos os membros da equipe se sentirem bem-vindos para expressar idéias, preocupações e soluções.
Flexibilidade
A crise do COVID-19 mudou muitas coisas, incluindo o comportamento do consumidor e as cadeias de suprimentos. Para responder à pandemia, as empresas devem se adaptar às novas circunstâncias e encontrar maneiras ágeis de superar a incerteza. Dados e tecnologia serão ferramentas essenciais para acelerar esse processo. Os negócios do futuro devem ser capazes de realizar uma autogestão dinâmica e adaptação contínua. Eles devem ser construídos para evoluir positivamente e se adaptar sempre que houver necessidade.
Cultura de trabalho otimizada
As empresas com uma cultura forte e flexível estarão melhor preparadas para sobreviver e superar problemas, pois poderão planejar como uma equipe. Será preciso pensar em como obter informações de todos os membros e começar a trabalhar juntos para lançar novos planos quando surgirem outras possíveis crises. O envolvimento cívico e a responsabilidade social também serão elementos essenciais. Pensar fora das estruturas tradicionais será altamente recomendado e necessário.
As crises trazem mudanças profundas em todos os níveis: surpresas, incertezas, distanciamento das rotinas normais, preocupações com a compatibilidade com novas tecnologias e muito mais. Uma cultura positiva no local de trabalho pode ajudar a minimizar todos esses problemas com maior eficiência.
Acesso online a produtos e serviços
O mundo verá o surgimento de uma economia sem contato. Em áreas como comércio digital, telemedicina e automação, a pandemia do COVID-19 provou ser um ponto de virada. No comércio eletrônico, a pandemia acelerou uma mudança nos hábitos de compra, aumentando bastante as transações online. Na Europa, 13% dos consumidores disseram que estavam considerando varejistas on-line pela primeira vez em abril e, somente na Itália, as transações de comércio eletrônico aumentaram 81% em março.
Preferência pelo comércio local
Haverá uma reconsideração de quais produtos são “estratégicos”, essenciais para a sobrevivência de um país. Estes produtos podem ser produzidos localmente ou mais perto de casa. O comércio mundial poderá diminuir em um terço este ano, mas provavelmente se recuperará. A globalização continuará, mas em termos diferentes.
Força de trabalho resiliente
O presente e o futuro precisam de uma força de trabalho resiliente. Essa mudança não é um processo curto ou fácil; requer o desenvolvimento de capacidades e relações persistentes entre os diferentes níveis e em todas as partes envolvidas. Nem todas as empresas evoluirão na mesma taxa ou seguirão o mesmo caminho. Cada organização terá um nível diferente de maturidade, apoiada por várias leis e regulamentos de todo o mundo. No entanto, isso não pode ser feito por organizações individuais. Empresas, governos, cidadãos e organizações sem fins lucrativos desempenharão papéis essenciais.
Menos contato humano
Muitas empresas, de fábricas a lojas, tentarão minimizar o contato humano. As empresas muito provavelmente precisarão realocar seus investimentos. Por exemplo, os restaurantes podem se concentrar nas entregas e delivery, enquanto as clínicas podem oferecer telemedicina e visitas, além de reconsiderar seus planos estratégicos para atrair clientes.
Experiências de checkout sem contato
Evitar o contato durante as compras será melhor para a saúde e para a segurança de todos. Portanto, as empresas devem fornecer essas opções para atender a novos desafios e exigências.
Espaços com ar fresco
Como uma boa ventilação é essencial para impedir a propagação do COVID-19, uma nova grande tendência poderia ser simplesmente abrir mais janelas, se possível. Sistemas de controle de ar e clima filtrados seriam outras opções.
Nova etiqueta comercial para saudações
Muitas organizações mudaram a política de cumprimentos. Apertos de mão e beijos estão definitivamente descartados, e essa nova etiqueta de saudações provavelmente continuará assim por algum tempo. No entanto, novas saudações já surgiram. No início deste ano, anúncios em Pequim promoveram juntar as mãos umas às outras para cumprimentar outra. Provavelmente mais saudações aparecerão à distância durante o ano.
Pessoas, organizações e comunidades precisam de novas respostas a novas demandas e as empresas podem e devem evoluir e se adaptar às novas mudanças econômicas, de saúde e culturais. Empresas, governos, cidadãos e organizações sem fins lucrativos desempenharão papéis críticos no estabelecimento de uma abordagem orientada a sistemas, centrada no ser humano, que promova a resiliência e a flexibilidade da força de trabalho. Este não é um processo fácil ou curto e exigirá o desenvolvimento de capacidades e relacionamentos persistentes entre os diferentes grupos envolvidos.
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